segunda-feira, setembro 11, 2006

Outra vez noite

É outra vez noite. Diferente de tantas outras, estupidamente semelhante a muitas mais. É um silêncio profundo onde tantos gritam, onde alguém se perde, onde outros se encontram. É uma escuridão que nos torna cegos, que nos impede de andar direito, que nos faz esbarrar contra tudo e todos. É um momento em que reflectimos, julgamos e decidimos, em que muitos desejam fugir. É um teatro onde representamos, fingimos e sonhamos, onde quase nada é real. É um frio que nos aquece, uma paixão secretamente revelada, um sentir sem sentimento. É uma metade de algo, uma vida dentro de outra, uma razão que permanece desconhecida.
É outra vez noite. A mesma. Se pudesse mudava-a. Conto as mesmas estrelas, as mesmas pessoas, as mesmas sombras. Gostava. É outra vez noite. A minha noite...